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A FELICIDADE QUE SEMPRE ESTEVE AQUI

A Felicidade Que Sempre Esteve Aqui

Desde que me conheço por gente, sempre esperei por algo grandioso, um momento especial que traria a verdadeira felicidade.

O Natal e o Réveillon eram aguardados ansiosamente. 

Além das festas, das reuniões com amigos e familiares, havia os presentes – símbolos de alegria e encantamento.

O mesmo acontecia com meu aniversário. 

Eu contava os dias, pois sabia que ganharia um presente especial, algo que, de alguma forma, me faria feliz.

As férias escolares também eram esperadas com entusiasmo. 

Finalmente, eu poderia fazer tudo o que não conseguia durante o ano letivo: assistir TV, ir à piscina do clube todos os dias, dormir até mais tarde, brincar, passear, viajar… 

Mas, curiosamente, quando as férias chegavam, logo sentia saudades da escola e esperava ansiosa o retorno das aulas para reencontrar meus amigos.

Como assim???

Os fins de semana eram pequenas férias dentro do ano, momentos de liberdade e diversão. 

O fim do ginásio, depois do colégio, a entrada na faculdade… 

Cada fase concluída era um passo em direção à felicidade plena.

Então veio a formatura. 

E, claro, a expectativa: quando eu arrumasse um bom emprego e fosse dona da minha própria vida, tudo seria perfeito.

Mas não foi bem assim…

Casei-me, engravidei e pensei: quando minha filha nascer e eu sentir a sensação indescritível de ser mãe, então serei plenamente feliz.

Ela nasceu, e meu coração se encheu de amor. 

Mas, junto com a alegria, vieram as preocupações, as responsabilidades… 

A vida me mostrou que a felicidade não era um destino final, e sim um caminho cheio de desafios.

E assim segui. 

Continuava esperando: quando estivermos mais estáveis financeiramente, quando minha filha crescesse  e seguisse sua vida, quando eu ganhar na loteria, quando me aposentar, quando realizarmos nossos sonhos… então, enfim, serei feliz.

Mas o tempo passou. 

E passou rápido. 

E sempre havia algo à frente, algo que eu acreditava ser a chave para a tão sonhada felicidade.

Até a religião reforçava essa ideia: seja uma boa pessoa e, após a morte, você encontrará a paz no céu.

Ou então: a felicidade não é deste mundo.

Mas como assim? 

Eu deveria apenas esperar dias melhores? 

E se eles nunca chegassem? 

Deveria esperar pela morte para finalmente ser feliz?

Não me conformei.

Busquei respostas, li sobre o assunto, ouvi diferentes perspectivas. 

Algumas pessoas dizem: não existe felicidade, existem apenas momentos felizes.

Demorei quase meio século (meu Deus!) para perceber que a felicidade sempre esteve ao meu lado – eu é que não soube enxergá-la.

Afinal, o que é felicidade?

Cada um tem sua própria definição, mas para mim, a felicidade está em focar no lado bom das coisas no tempo presente.

Simples assim.

Percebi que tudo na vida tem dois lados, como uma moeda. 

Sempre haverá algo bom em qualquer situação, por mais difícil que pareça.

Percebi que a verdadeira alegria não está na chegada, mas no caminho.

A chegada é apenas uma passagem. 

O caminho é a vida – cheia de experiências, aprendizados e momentos preciosos a serem vividos.

E, no fim das contas, a felicidade não é algo que se espera.

É algo que se vive.












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